The Raw Sample Project “um trabalho com cabeça, tronco e membros”

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Paulo Jorge Morais, aka “Makkas” aka “LaCrau”, ex membro de um dos Black Company, ficou algum tempo em standby agora depois de uma demo tape lança o primeiro álbum de originais nas plataformas digitais. Musica Total, este a conversa com o artista:

 

1)    Como foi o início de The Raw Sample Project?
Eu, Makkas, após o termino dos Black Company, grupo no qual fui membro fundador, dei inicio ao TRSP em finais de 2011, com um Dj que chegou a produzir algumas faixas do álbum mas que entretanto saiu do projecto por causa das suas prioridades…depois de ter trabalhado com quatro músicos e com o referido dj, achei que não me identificava com eles e fiz uma pausa até conhecer “acidentalmente” a Joana “LBird” Gonçalves com a qual reformulei todo o conceito deste projecto.
No princípio gravei uma demo tape com quase todas as músicas incluídas neste nosso primeiro álbum de originais, este último que levou alguma produção adicional da minha parte, de resto o princípio foi algo atribulado que é o habitual.
2)    Que músicos ou correntes musicais influenciaram o projecto ao longo do percurso?
 Eu oiço e vivo hip-hop há duas décadas e meia, desde a segunda metade dos anos 80, que foi quando  comecei a tornar-me consciente de tudo e a dar-lhe um significado,  gosto muito das cenas underground e convencional,  em termos musicais e falando propriamente de hip-hop. A L Bird também gosta de cenas underground e convencional, em resumo gostamos muito de música e seja ela qual for, desde que gostemos, ela influencia-nos…. Jazz, blues, rock, rhythm & blues, etc.
Fomos e somos influenciados pela Golden Era do hip-hop/rap dos anos 90, embora existam grandes obras de arte musicais na segunda metade dos 70 e nos anos 80. Aqui ficam então os músicos que nos influenciaram : zulu nation & Afrika Bambaataa, Run  Dmc , Eric B & Rakim, Krs One, Public Enemy , Nwa, Beastie Boys, Big Daddy Kane, Wu Tang Clan & Affiliates, Nine, Diggin’ in the Crates e muita gente consciente relacionada.
3)    “Rotina” chegou as plataformas digitais. Como podemos definir este trabalho?
Este é um trabalho que mostra um Makkas adulto e maduro, um trabalho com cabeça, tronco e membros e que é o exteriorizar das minhas experiências vividas, sozinho ou acompanhado, em muitos lugares, como um ser humano. É um sentimento que me vem do espírito, muito verdadeiro e quando se ouve o álbum podemos senti-lo.
4)    O percurso foi pautado por muito esforço e dedicação. Valeu a pena?                                                                
Sim, só de ter chegado até aqui faz-me sentir que todo o esforço valeu a pena e que esse mesmo esforço e dedicação no final compensaram. Big Up para a nossa editora, a Farol Musica.
 
5)    Em termos de agenda, quais as perspectivas para os próximos tempos?
Para além da promoção e divulgação, gostaríamos de ter alguns gigs, que é exactamente o que qualquer músico quer e nós não somos diferentes.
6)    E, Portugal, o que acham do nosso panorama musical?
Acho que existe alguma e muita música boa neste momento em Portugal, naturalmente não citarei nomes mas eles sabem quem são.
7)    E o que acham dos sites de música em Portugal
Acho muito bem porque são uma boa ferramenta para a divulgação do trabalho nacional em termos musicais.
8)    Se fizéssemos uma viagem de carro com The Raw Sample Project que discos seriam obrigatórios tocar?
Apanhaste-me aqui mas ok : O “Rotina” é sempre obrigatório, porque é como se tratasse do “nosso primeiro filho”, Odb- Return to the 36 Chambers, Wu tang Clan -Enter the Wu, Common– Be, Blahzay Blahzay– Blah Blah Blah, Heather B, Nas – Illmatic, KRS One , Mobb Deep- Survival of the Fitest, Dilated Peoples, Gangstarr, Jeru the Damaja- The sun rises in the east, Slum Village, Method Man- Tical, RedMan, Dare iz a darkside, etc etc etc, MESMO MUITOS etc…
 
 
 
9)    Se tivesses que eleger um festival como sendo o teu festival de eleição, qual escolherias? E porquê?
Desde que seja um festival e esteja bem organizado, nós gostamos!
10) Qual os sonhos que faltam cumprirem?
Apesar de termos vivido alguns muito bons e que de certa maneira ajudaram a alargar os nossos horizontes, o principal seria o podermos viver só e apenas disto…
 
11)   Gostaríamos que partilhasses um pensamento com os nossos leitores…
  “Para o bem ou para o mal nunca sabes quem é quem…” Pensa nisto…