Nina Hagen: Sons do Coração

g
Todos os dias espalho pedaços de mim pelo teu mundo, vivendo por vezes por fora da minha cabeça o meu pensar é um vagabundo que já não sei se a mim pertença. São ideias e fantasias que liberto pelos olhos paisagens e cores que me entopem os poros, o resultado da minha constante exaltação química interior, ou simplesmente a minha incapacidade de lidar com a dor…sou uma lagoa a céu aberto, um coração dorido que foi descoberto, uma alma rasgada com destino certo, um homem que chora quando triste pela ausência de te ter por perto.
ESCOLHA DA SEMANA

Nina Hagen nasceu na então Alemanha oriental em 1955 e em 1976 emigrou com seu pai para a Alemanha Ocidental, mas antes em 1974 já tinha sido considerada a melhor cantora jovem da RDA. Uma postura provocadora com textos diretos e agressivos, uma voz marcante ora rouca, que grunhe ora repleta de tons suaves num registo de contralto da ópera clássica catapultaram Nina Hagen para o estatuto de Estrela Rock internacional nos anos 80 e cantando sempre em alemão. Nina é considerada excêntrica devido a algumas obsessões, os ovnis, a sua relação com um individuo muito jovem, o seu cariz provocador e a sua dificuldade em lidar com as críticas, por outro lado é uma defensora acérrima dos direitos dos animais e dos doentes terminais. Vai até ao fim na defesa “apesar de tudo” da sua privacidade. “TV Glozer” em 1978 foi o seu disco de lançamento e Africane Reagee, o seu grande sucesso mundial. Quanto ao som de Nina Hagen pessoalmente sinto algo de “progressivo, de sinfónico de punk”, a sua energia, fascina-me a sua voz a sua capacidade vocal, a sua atitude para a altura, falamos de um mundo mais conservador na década de 80. Nina Hagen, ainda anda ai para as curva…