Mercado português de entretenimento em queda

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Em tempo de crise, o valor do mercado português de entretenimento (livros, música, filmes, gaming) decresceu 12 por cento em 2013, com os livros a apresentarem a menor queda (1 por cento), revela análise da GfK (em âmbito do 3.º Encontro GfK Entretenimento 2014). Já o sector da música diminuiu 13 por cento (para perto de 17 milhões de euros), enquanto o dos filmes sofreu uma quebra de 15 por cento (para cerca de 23 milhões). Os videojogos (inclui consolas, acessórios e jogos para várias plataformas, mas não as vendas online) acabaram o ano a valer menos 16 por cento.
Televisão é o principal meio de entretenimento dos portugueses
Importa ainda referir que, segundo as principais conclusões de um estudo da GfK realizado a uma amostra representativa da população portuguesa, a televisão continuar a ser o meio mais frequente de entretenimento em Portugal, mas as atividades de entretenimento relacionadas com internet assumem cada vez mais um papel relevante – 49 por cento.
 
Livros
De acordo com os dados apresentados no Encontro GfK Entretenimento 2014, verifica-se que os livros conseguiram a melhor performance no mercado do entretenimento (55 por cento do total).
A venda de livros em Portugal (excluindo os livros e manuais escolares) teve uma ligeira queda de 1 por cento ao longo do ano passado, fechando 2013 com uma facturação de 147 milhões de euros.
Os números mostram também que os livros conseguiram ganhar terreno nos gastos dos consumidores. O sector livreiro representa 55 por cento da facturação total das quatro áreas do entretenimento. Nos canais de distribuição os hipermercados e supermercados têm vindo a ganhar importância nas vendas de livros, com estas superfícies a representaram 31 por cento das vendas, em 2013.
O estudo da GfK junto da população portuguesa aponta que um terço das pessoas lê livros (excluindo os não escolares) e 6 por cento fazem-no em formato digital. Cinco horas é o tempo médio de leitura semanal.
 
Gaming
Já o mercado total do gaming representa, aproximadamente, 100 milhões de euros em vendas e representa 33 por cento no total do mercado de entretenimento. As tendências para este segmento indicam uma explosão do mobile, o regresso da realidade virtual, um maior foco na experiência de jogo, jogos cada vez mais sociáveis e interactivos e o poder do conteúdo, e da marca a serem os condutores de sucesso.
Ainda de referir que 15 por cento dos portugueses referem jogar como actividade de entretenimento, sendo que esta é uma atividade predominantemente dos mais jovens e residual junto dos mais velhos. O computador é a plataforma de jogos mais utilizada (52 por cento dos portugueses que jogam fazem-no no computador), 19 por cento em consolas, 18 por cento em smartphones e 11 por cento em tablet. As consolas são mais utilizados pelos homens enquanto os dispositivos móveis são mais utilizados pelas mulheres. Para finalizar, 15 por cento dos portugueses dedicam ao gaming 6 horas semanais.
Filmes
Os filmes representam 7 por cento no total do entretenimento. O mercado de filmes, em 2013, foi negativo, tanto em unidades (-14 por cento), como em valor (-15 por cento). Ainda assim, 47 por cento dos portugueses vêm filmes e 5 horas é quanto tempo passam a vê-los por semana. Em relação aos formatos, o DvD ainda é o o que mais vende (89 por cento DVD e 11 por cento Blu-ray). Esta tendência não é extensível a toda a Europa, onde se verifica que o Blu-ray já é o formato eleito para a visualização de filmes. E finalmente, 47% dos portugueses vê filmes numa média 5 horas por semana.
 
Música
A música representa 5 por cento no total do mercado do entretenimento. Do total das vendas de música em 2013 (16,5 milhões de euros), 70 por cento são vendas em suporte físico mas as vendas em suporte digital (download) já representam 30 por cento do total.
Embora o sector da música diminuiu 13 por cento, de referir um “nicho” de mercado que tem vindo a (re) conquistar clientes – o vinil – de 2012 para 2013 este mercado, em número de unidades vendidas, registou um crescimento de 15 por cento.
Em termos de reportório, no total de unidades vendidas, de destacar que 30 por cento são vendas relativas a títulos / artistas nacionais.
Excluindo a rádio, 30 por centos dos portugueses ouvem música como entretenimento e em média ouvem 10 horas de música por semana.
Os leitores portáteis são as plataformas mais utilizadas para ouvir música e o CD é o formato mais utilizado para ouvir música, embora o download e o streaming sejam os mais utilizados pelos jovens.
 Fonte: LPM