Os Clark praticam uma música no cruzamento do rock e da pop de guitarras, indie, cantado em português e inglês.
Hoje, podemos escutá-los nas rádios e vê-los na TV, e confirmá-los como um projeto pop rock com ideias e conceitos para a música portuguesa e um projeto que pode e deve ir “longe demais”até entrar no seio e na senda do sucesso. Musica total, divulga um pequena entrevista com a banda.
Como foi o início da carreira da banda?
Como muitos jovens, vivendo numa urbanização de grande densidade populacional às portas de Lisboa, um grupo de amigos, estudantes, com algum tempo disponível, gostos e interesses comuns sendo a música um dos principais, naturalmente acabou por se juntar em primeiras experiências sonoras quase ao mesmo tempo que aprendia os primeiros acordes numa cave onde mal cabiam os instrumentos…
Quais são as principais influências musicais?
As influências musicais dos Clark são muito “largas” quer em estilos musicais, quer estéticos, quer ainda no tempo a que se referem. Tentamos estar abertos aquilo que nos é oferecido e acreditamos que essa elasticidade mental e auditiva nos melhore enquanto músicos criadores.
Que tipos de som costumam ouvir?
Num momento onde rareiam nas rádios genéricas programas de autor, acabamos por via net pesquisar em canais como youtube, spotify, allmusic e alguns blogs, muita da nova música que é se nos é dada a escutar. Fruto da tal abertura que referimos na questão anterior procuramos ser abrangentes no tipo de música que ouvimos, filtrando-a ao nosso modo, ao modo Clark, reflexo da experiência individual e coletiva enquanto band.
Vivem da música?
Alguém, neste país, vive da música com meia dúzia de excepções? Os músicos em Portugal só poderão viver de espectáculos, num mercado que é pequeno e afetado por uma crise que sendo geral é igualmente muito específica do mercado da música. Viver dos espetáculos é muitas vezes viver de contactos e alguns esquemas que os CLARK não dominam.
Como definem este novo disco?
“Bipolar” é um disco de pop rock cantado em português (2 temas em inglês), fisicamente realizado num meio absolutamente rural mas que gira à volta de estados emocionais antagónicos muitas vezes identificados e ligados à urbe ou aos subúrbios.
Qual é o sonho para os próximos tempos?
Chegar ao maior número de pessoas, consolidar Clark como um projeto sólido da música moderna portuguesa e tocar ao vivo regularmente.
O que acham do actual panorama da música em Portugal?
Há muitos e excelentes projetos em muitas áreas da música e nesse aspeto atravessamos uma boa fase. Apesar de melhorias continua a ser escasso o circuito de espaços decentes para tocar ao vivo.
O panorama nas tv’s e rádios generalistas tem muito por onde melhorar se se quiser assumir como espaço de promoção da música portuguesa e sem ter de entrar por questões como as quotas de passagem de música portuguesa que só a colocariam numa posição ainda mais frágil e dependente.
E dos sites de musica em Portugal?
Existem muitos e bons. Fervilham de actividade e podem contribuir como alternativa muito válida à divulgação e promoção da música portuguesa.
Qual a rádio preferida?
Os Clark, mais do que uma rádio preferida têm autores de programas preferidos, que pelo seu trabalho de pesquisa, busca incessante pela qualidade e inovação ao longo dos anos nos têm ajudado a abrir horizontes e nos revelam a cada momento novas pérolas musicais. Esses autores poderão estar na TSF, Rádio Comercial, Antena 1, Radar ou outra Rádio qualquer. Referimos aqui apenas um nome que infelizmente desaparecido muito contribuiu para o nosso crescimento musical … António Sérgio!
O festival de estimação?
Optimus Primavera Sound … por tudo o que referimos atrás.
Um pensamento para partilhar com os leitores!
Escutem CLARK, disco “Bipolar”. Muito provavelmente, irão divulgá-lo e partilhá-lo como algo de bom!