Ménito Ramos não é um desconhecido do grande público e o público é algo que ele conhece bem. Com uma já longa e abrangente carreira, Ménito toca, interpreta, produz e compõe, para ele e para uma série de outros artistas do panorama musical nacional.
– Como foi o início da tua carreira?
Comecei como teclista numa banda de baile do meu pai, tinha na altura 9 anos!
Por volta dos 18 anos, comecei paralelamente a tocar em bandas de bares, e a acompanhar artistas!
Entretanto fui sempre pesquisando na área da produção, dos arranjos, estúdio e captação, e com o tempo comecei a compor para outros artistas!
Aos 26 anos fiz a minha primeira participação discográfica enquanto intérprete!
– Quem são as tuas principais influências musicais?
Toto, Mutt Lange, David Foster, Quincy Jones, Steve Perry, Gino Vannelli, Michael Bolton, Mezzoforte, Spyro Gira, Lee Ritenour, etc.!
– Que tipos de música costumas ouvir?
Oiço de tudo um pouco, procuro ouvir de tudo para ser versátil e mais abrangente, devido ao meu trabalho, enquanto autor/compositor e produtor de outros artistas!
– Como defines este novo disco?
É um álbum mais maduro, onde procurei explorar vários estilos musicais, como é hábito nos meus trabalhos, nunca fui adepto da ideia de que, se conseguirmos um tema de sucesso, devemos manter e repetir a mesma “fórmula” enquanto der, como é prática comum no mercado discográfico!
– Qual é o teu sonho para os próximos tempos?
Desde há muito que me habituei a viver um dia de cada vez, e continuo a achar que é uma boa filosofia de vida, nomeadamente nos tempos que correm, e na área em que trabalho!
– O que achas do atual panorama da música em Portugal?
Sinto que em termos económico-político-sociais vivemos um dos piores momentos de sempre, para quem trabalha nas áreas ligadas à cultura, o que contrasta com o facto de vivermos num tempo em que, a nível tecnológico, nunca foi tão fácil ter acesso a informação, nunca foi tão fácil aprender, hoje qualquer pessoa facilmente tem um computador com o mínimo indispensável para gravar as suas demos em casa, compôr as suas canções, fazer a pré-produção de um álbum!
Por outro lado, inevitavelmente, tanta tecnologia tem tido um impacto negativo na qualidade do “fator humano”, noutros tempos não muito longínquos, um cantor/músico só era contratado para uma sessão de estúdio se fosse mesmo bom, hoje, há recursos tecnológicos que “disfarçam” um cantor/músico menos competente!
– E dos sites de música em Portugal?
Acho que são uma ótima plataforma de promoção e divulgação, e numa fase em que temos tão poucas ferramentas de promoção para os novos trabalhos, toda a ajuda é Benvinda!
– Qual a rádio preferida?
M80
– Um pensamento para partilhares com os leitores!
“A felicidade está na jornada, não no destino!”