Os editores da Reuters.TV vão produzir informação que será, posteriormente, organizada com base num algoritmo que adapta a emissão à localização, à duração pretendida e aos interesses do espectador. As redações já existentes ficam responsáveis pela produção de conteúdo para a Reuters.TV, que vai incluir ainda feeds de eventos em tempo real.
O público-alvo do novo serviço são os profissionais qualificados, entre os 27 e os 47 anos, que tenham abandonado o consumo de televisão tradicional. O volume de anúncios será reduzido e deve limitar-se a um único spot entre cada peça lida.
Resta saber se os consumidores estarão dispostos a pagar pelo serviço e se as receitas das subscrições e da publicidade serão suficientes para que a Reuters.TV seja um negócio rentável. Isaac Showman, managing director da plataforma, revela que o desaparecimento do “jornalismo real” tornou os consumidores mais predispostos a pagar por conteúdo premium em que possam confiar.
A Reuters.TV insere-se num conjunto de iniciativas semelhantes levadas a cabo por outros media tradicionais, como a CNN e a Al Jazeera, que lançaram, respetivamente, o serviço CNNgo e a app AJ+. O objetivo é tornar o conteúdo noticioso mais adequado ao modelo on-demand e chegar aos millennials, um público jovem e que cada vez mais se informa através das redes sociais. Ao contrário da Reuters.TV, o serviço CNNgo está disponível apenas para subscritores de televisão por cabo e a app AJ+, gratuita e sem publicidade. A CBS também estará a preparar o lançamento de um serviço de vídeo digital 24 .