Dono de uma voz de destaque, Olavo Bilac prepara um novo capítulo na sua carreira, 27 de Fevereiro com um concerto no B. Leza, em Lisboa, concerto esse que que serviu de rampa de lançamento para o novo álbum.
Olavo possui um currículo rico que, além dos Santos & Pecadores, se encontra ainda ligado a projetos como Resistência, um dos grandes marcos dos anos 90 em Portugal.
Novas coordenadas para essa viagem: «Cabo Verde, Angola, Brasil, Portugal – o Atlântico e a Lusofonia são ideias, sons, rotas que eu quero explorar», confessa. Para esse caminho já há ideias precisas e preciosas: um standard como «Trem das Onze», que toda a gente cantou, de Gal Costa aos Duo Ouro Negro, e que Olavo agora quer reclamar, bem como criações de gente tão estimadas quanto Dorival Caymmi, Paulo Flores, Waldemar Bastos, Zeca Afonso, Rui Veloso ou os Heróis do Mar, além de uma ou outra incursão pelo património tradicional de alguns cancioneiros, como o de Cabo Verde «O plano», avança ainda Olavo Bilac, «é poder misturar tudo, trazer alguma mestiçagem para a música, pegar num tema como “O meu primeiro beijo” de Rui Veloso e dar-lhe um tom de morna.
Em palco, o samba e a bossa, a morna e o samba, o fado e a balada serão cruzados e reinventados por músicos experientes, com balanço e rigor. E por cima, uma voz rouca e singular, que o público aprendeu a aplaudir há muito, reconhecendo-lhe uma alma única e plena de força. Este também é o mundo de Olavo Bilac: é por aí que ele nos guia, com canções, cores, aromas, muito Atlântico e paixão. Para já segue-se o Misty Fest já no dia 7 Novembro.