Entrevistámos os HMB

HMB

 

os HMB praticam uma doce sonoridade que assenta nos territórios da Soul e do R&B e pretendem “expandir o núcleo dos artistas de soul em Portugal”.
“SENTE” é o  segundo álbum de originais dos HMB editado a 20 de Outubro, o novo álbum é o resultado dessa interminável busca pela perfeição bem editada. Falamos com a banda:

 

Como foi o início da carreira da banda? 
Começámos por tocar alguns covers e alguns originais em inglês. Passámos por vários concursos de bandas pelo país, onde obtivemos algum reconhecimento. Entretanto, fomos criando alguns temas em português que nos levaram ao primeiro ep, que rapidamente se tornou o primeiro cd de originais
Quem são as vossas principais influências musicais?
Somos 5 mentes com influências comuns, mas também com gostos bem distintos. Em comum, temos o D’Angelo, mestre do soul moderno e também gostámos muito da Erykah Badu. Mas não conseguimos indicar o trabalho de um ou alguns artistas e dizer que a nossa música emerge dali. HMB é uma fusão de muitas influências e isso passa para a música que produzimos.
O CD vai contar com participação de diversos artista qual foi a ideia de juntar todos num disco
Não procurámos juntar diferentes artistas neste trabalho. Foi algo que surgiu naturalmente. Alguns dos temas que surgiram pediam algo mais, precisavam da participação “daquele artista”. Estamos orgulhosos de poder contar com o talento de tantos artistas, que enriqueceram o cd e enriquecem a música portuguesa.
 Como definem este novo disco?
É mais HMB. Este novo trabalho acompanha a nossa evolução nestes últimos dois anos. Não é tão “cru” ou orgânico como o primeiro álbum. É um salto para novas paragens, com mais elementos quando comparado com o primeiro cd.
Que tipos de música costumam ouvir?
Destacamos o soul, R&B e o Hip-Hop. Mas admitimos que a resposta é redutora, porque se somarmos aquilo que cada um dos 5 ouve, o resultado é muito mais abrangente.
Qual a meta… vender muitos discos, tocar ao vivo, ou um carreira total na musica?
Queremos alcançar as três metas. Queremos marcar a música em Portugal e isso passa por uma carreira total. Mas não vamos chegar lá sem concertos e sem promoção da nossa música, seja pela venda de discos o por outros meios de difusão.
Qual é o vosso sonho para os próximos tempos?
Expandir o núcleo dos artistas de soul em Portugal. O núcleo já tem nome: Pimenta Caseira.
O que acham do atual panorama da música em Portugal?
Existe muito talento em Portugal, sério e diversificado. Mas temos visto desfasamentos entre o reconhecimento do talento e as oportunidades que são dadas no meio musical. O meio musical espera pela reacção do público para “peneirar” os artistas, mas em Portugal muito do público também espera pelo meio musical para ditar os seus gostos, e isso tem um efeito que pode ser perverso. Mas nem tudo é mau e temos visto bastantes progressos na valorização e na diversificação da música e dos artistas portugueses nos últimos anos.
E dos sites de musica em Portugal?
Temos cada vez mais plataformas que tratam de música em Portugal, o que é bom, mas ainda não há muita diversidade. O desafio actual passa por termos sites de música capazes de acompanhar, com rigor, as novas tendências da música em Portugal.
O festival de estimação?
Como ainda não tivemos a oportunidade de tocar em todos os festivais que pretendemos, vamos adiar a resposta 3 ou 4 anos. Existem muitos e bons festivais no nosso país!
 Um pensamento para partilhar com os leitores!
Usem o vosso poder para alimentarem a música que apreciam!