Vigésima sétima edição da Festa do Chicharro

Realizou-se, nos passados dias 9, 10, 11 e 12, a vigésima sétima edição da Festa do Chicharro. O evento foi o mais concorrido levando cerca de 10 mil pessoas à Ribeira Quente, em São Miguel. Em termos de cartaz, agradou a todo o tipo de público já que foram muitos os estilos de música apresentados, desde kizomba, passando por acústico e, como um típico festival de verão, viu-se uma forte aposta na música eletrônica.
Os três primeiros dias foram abertos por artistas locais: Urkesta Filarmoka com o seu humor, Jet Lag apresentado covers de músicas sobejamente conhecidas, e Sara Cruz Trio que, para além de covers impecavelmente interpretados, apresentaram alguns temas que irão ser conhecidos brevemente aquando do lançamento do seu EP.
   O primeiro dia contou, também, com os cabeças de cartaz Djodje e Mastiksoul que fizeram toda a gente dançar até de madrugada, sendo a noite terminada pelo Dj Dave Lopez
   Dia 10 viu os Buraka Som Sistema levar o público ao rubro com a mestre de palco que é a artista Blaya. Julian Jordan e Antoine C e o seu outro projeto Dirty Drum Beats encarregaram-se de continuar a festa até ao raiar do sol
   O palco do Chicharro foi, no último dia de concertos, o escolhido para o concerto dos Resistência que iniciam uma nova turnê deste ano. O mítico “supergrupo” que conta com nomes como Tim dos Xutos e Pontapés, Miguel Angelo dos Delfins, Olavo Bilac dos Santos e Pecadores, entre outros, deu um grande concerto, quer a nível de duração, quer a nível de espectáculo, o que levou os “festivaleiros” ao rubro naquele que foi considerado pela organização como o melhor concerto que esta festa alguma vez teve oportunidade de oferecer. Neste dia subiram, também, ao palco os Dj’s Mak J, Dan Maarten e Az Kicker.
Já o domingo foi reservado para o público mais jovem, contando com um tributo à Violetta e Velvet Corochinha.
   Comparativamente ao ano passado, a organização admite uma muito maior adesão por parte do público. Grande parte deste público utiliza soluções como o campismo como forma de permanecer na Ribeira Quente, sendo que as condições dos espaços designados para este fim sofreram grandes melhoramentos. Houve ainda investimento nos transportes regulares entre o local dos concertos e as Furnas, uma solução muito utilizada pelos que preferem ficar numa zona mais calma, relativamente longe dos palcos mas facilmente acessível com os autocarros que foram disponibilizados.
   Para a organização, este foi não só um festival de sucesso, como a melhor edição do evento.