O monte verde 2015 cresceu, esta maior, mais completo!

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A praia do Monte Verde em São Miguel acolheu de quarta a domingo (de 12 a 16 de agosto) o Monte Verde Festival 2015. A quarta edição do evento levou milhares de açorianos (e não só) à cidade de Ribeira Grande, onde aquele que tem sido um dos festivais com maior crescimento nos Açores os esperava.
   O primeiro dia serviu de apresentação do festival ao público, uma espécie de oportunidade de primeiro convívio aos que escolheram o campismo como forma de permanecer na zona. Esta Welcome Party contou com nomes como o rapper N.T.S. que subiu ao palco improvisado (devido às más condições atmosféricas) no mesmo dia em que Valério, um dos açorianos que viu uma actuação sua garantida no Monte Verde através do concurso Moche Live Bands que premiou três artistas ou grupos açorianos com performances ao longo deste festival. Esta iniciativa levou aos palcos artistas como Fake Society, Valério e Swift Triiga.
   Dia 13, primeiro do festival “propriamente dito”, contou, maioritariamente, com rock e música eletronica. Como tal, ouviram-se os ribeiragrandenses Spank Lord (no seu registo mais agressivo) que, assim como Los Waves e The Lazy Faithful, mostraram que o que é feito em Portugal não peca por falta de qualidade. No entanto, não há dúvidas que o que levou o público ao rubro foram os Dj’s de Nestky Live! e Borgore. Estas foram algumas das actuações que mais público levaram ao interior do recinto.
   Sexta-feira foi “aberta” por King John, seguido por Flávia Coelho. Muitos foram os aplausos quando um dos cabeças de cartaz surgiu sob as luzes; Alborosie subiu ao palco. As vibrações associadas a um dos grupos de reggae mais conhecidos a nível mundial atenderam as expectativas do público e fizeram-no esquecer a demora associada à mudança de palco que antecedeu a actuação. A noite seguiu-se com um tom de eletronico, o que todos nós sabemos que agrada ao público nestas ocasiões.
   O terceiro dia do que pode ser chamado de “main event” foi o escolhido para os sons cantados em português. Nessa noite ouviram-se as rimas irreverentes de Bezegol que soaram tão bem aos ouvidos do público que o grupo viu-se no palco durante bastante mais do que o programado. No entanto, até o “moços” do Porto sabiam que não podiam roubar o “spotlight” ao cabeça de cartaz mais esperado do dia, Marcelo D2. Este artista, rimando ao longo de hora e meia, foi mostrando ao longo do concerto o seu repertório, tendo o seu auge no tão aclamado “Desabafo”.
Entre o concerto do brasileiro e grande parte da primeira metade do dia 16, ouviu-se todo um conjunto de batidas produzidas digitalmente. Esta foi a primeira realização de uma After-Party neste festival.
   Como foi adiantado na nossa entrevista à organização do festival (a 11 de agosto https://musicatotal.net/entrevista-a-jacinto-franco/), este festival contou não só com actividade nocturna, como oportunidades de muito boa disposição ao longo do dia com inúmeras actividades desenvolvidas mesmo no areal da praia.
   Infelizmente, no melhor pano cai a nódoa e, como tudo, nada é perfeito. Com o aumento da dimensão deste festival verificaram-se alguns dos problemas característicos tais como roubos e ações de vandalismo a tendas no parque de campismo. Tal apresentou-se como um sério problema na primeira noite de concertos, se bem que, depois de algumas queixas à PSP e à organização, a situação viu-se compensada com a vigilância ao longo de toda a noite por parte não só da equipa de segurança contratada para verificar as entradas nos espaços do festival, mas também pelas próprias autoridades.
   Apesar deste último ponto (que poderia ser preocupante para a reputação do festival, não fosse a rápida intervenção da organização), o sucesso na realização dos concertos e nas apostas em termos logísticos deixam este festival no topo de eventos a ter em atenção nos Açores.
Hugo Moreira

 

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O monte verde 2015 cresceu, esta maior, mais completo, mais tudo…mas sobe a pouco!
Confesso que preferia um cartaz menos recheado mas mais apetecível, uma grande parte das bandas não me diz muito, uma outra parte foi feita para descobrir, mas a maior parte para potenciar a fasquia do evento…melhorou!
A equipa do MVF esta de parabéns, o apoio a comunicação social foi exemplar, os bares cheios responderam até no Gin de qualidade.
O público foi 5 estrelas, o Jacinto Franco incansável, passou uma mensagem que interessa-se por levantar um evento de qualidade, esmerou-se e desdobrou-se por marcar o monte verde no mapa.
Não gostei muito do som, mas gostei de ver ou melhor ouvir a bela Flávia, adorei todos os concertos, em especial os me dizem algo.
Concluído, a maior parte saiu satisfeita, gostou, os mais novos viveram mais a noite de quinta- feira, os mais atentos devoram sexta-feira mas foi no sábado que mais público apareceu para ouvir Marcelo D2 (cara legal).
Até o tempo ajudou, Deus é grande! Assinei a “petição” para manter o evento em 2015, e aconselho vivamente e espero que cresça mais (quem sabe), talvez trazer algo mais mainstream ou algo mais transversal daqueles do top em que o cache seja mais elevado que a divida das nossas casa, ao ponto de “esmagar” o público, mas isso sou eu que penso! Cada um pensa pela sua cabeça, eu gosto do pensar destes jovens, nota-se que vão as grande eventos, sabem que o “show must go one”…2016. É já a seguir! Bora lá ao Monte Verde Festival.
Jorge Medeiros