OPROCESSO de Beware Jack e Blasph sai no fim do mês

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A apresentação do OPROCESSO vai ser dia 25 de Março, Santiago Alquimista (Lisboa).
Numa noite quase secreta em Lisboa, passado mês de Setembro, o palco da Sala 2 do Cinema São Jorge a química telepática que existe entre Beware Jack e Blasph. São dois MCs, dois atletas superiores na arte de equilibrar rimas em cima de bombos e tarolas, dois mestres que conseguem injetar segundos e terceiros sentidos em palavras que parecem transparentes e que registam uma realidade que nem todos conhecem, agora que o disco está pronto e terminado.
OPROCESSO conta com arquitetura sonora de Kilú, uma espécie de Souto de Moura das batidas, dono de uma elegância extrema, mas também de um arrojo especial, capaz de criar edifícios feitos de agudos, médios e graves que os MCs depois gostam de habitar com ideias e flows e palavras e rimas.
Tudo nasceu em Dezembro de 2013: um “kúbiko” no Martim Moniz, Kilú a comandar os beats e um microfone a dividir as atenções de Blasph e Beware jack. Frankie Dilúvio e BW já se tinham cruzado num tema de Coisas de 1 Porco, “Modelo Pirata”, poratnto já sabiam que havia faísca para soltar sempre que se cruzassem. Não sabiam era que podia dali sair um furacão rap de intensidade máxima. Com as visitas às lojas de indianos do Martim Moniz por método principal de angariação de combustível líquido, Blasph e Beware cozinharam no momento as suas deambulações rimáticas, umas mais absurdas do que outras, umas mais poéticas, outras mais cruas. Todas 100 por cento reais.
O disco foi depois regravado para impacto sonoro máximo nos estúdios da Mano a Mano que abraça este projeto. Com colaborações de NERVE, Sanryse, Maura Magarinhos e DJ Nel’assassin, conseguiu-se ter aliados de força, cada um deles um portento no seu campo, todos juntos parte importante de uma história rap nacional que ainda se vai construindo. Pedro Quaresma, homem que militou anos a fio nos Da Weasel, misturou e masterizou o som final, para máximo impacto boom bap. E há espaço para tudo. Até para uma vénia a Jorge Palma, que poderia ter sido MC e ter buscado inspiração em lojas de indianos do Martim Moniz se tivesse nascido noutro tempo.