Move 2016: uma autoestrada para o reconhecimento

Chegou ao fim a primeira edição do festival Move. Entre os meses de Fevereiro e Março, a Ribeira Grande em São Miguel, Açores, acolheu inúmeros eventos ligados à música, arte e cultura, culminando numa uma noite de concertos liderada por Agir.
O ano de 2016 viu nascer um novo festival em São Miguel, Açores. O Move trouxe vida à cidade de Ribeira Grande, num formato de eventos culturais e musicais fora da época típica dos festivais na Região.
Desde o início de Fevereiro que artistas como Stereossauro, Overule, HMB ou Jimmy P alternaram concertos com workshops dados por Blaya, encontros de carros antigos e expression sessions de skate e BMX.
Este foi também o festival que proporcionou ao artista Odeith uma autoestrada para o reconhecimento. A infeliz ocasião da morte de Nicolau de Mello Breyner levou à criação de uma pintura de homenagem ao ator, na cidade ribeiragrandense. Fotografias do mural correram o país e ajudaram a mediatizar não só o artista como o festival açoriano.
Guardando, talvez, o melhor para o fim, Agir, Chapa Dux, Karetus e Dropzilla subiram ao palco no dia 26 de Março.
A escolha do local para os concertos da última noite do Move suscita algumas dúvidas. Após alteração, o Pavilhão da Associação Agrícola serviu de recinto, não o fazendo da forma mais satisfatória para o muito público que se deslocou à Ribeira Grande. Algumas decisões relacionadas com as entradas e saídas e aproveitamento do espaço, associadas à difícil acústica do pavilhão, criaram um conjunto de problemas naquele que é um recinto relativamente novo no que toca à realização de eventos musicais desta dimensão.
Esta primeira edição do festival Move dá-lhe um caracter prometedor. Algumas são as arestas a limar para próximas edições, mas o evento encontrou um espaço no paradigma musical açoriano, até agora, não aproveitado.