Está de volta a Coimbra o Coimbra em Blues, marca do Teatro Académico de Gil Vicente, regressa com duas noites – 15 e 16 de novembro – com artistas de renome internacional capazes de refletir o panorama artístico atual. Falamos de Julian Burdock & Danny del Toro (GB/ES), Budda Power Blues & Maria João (PT), Gwyn Ashton (AUS) e Shanna Waterstown (EUA).
A edição 2018 do Festival Internacional de Blues de Coimbra – cuja criação remonta a 2003, com organização conjunta entre o TAGV e a Câmara Municipal de Coimbra e, posteriormente, coorganizado com a Direção Regional de Cultura do Centro – apresenta um variado leque de músicos dos quatro cantos do mundo, desde os Estados Unidos da América à Austrália, passando pela Grã-Bretanha e Portugal, afirmando Coimbra no panorama cultural nacional e internacional, desta feita, com uma nova e variada geração de Bluesmen que perpassa diversos subgéneros.
Na primeira noite (15 de novembro) sobem ao palco do TAGV, às 22h00, Julian Burdock & Danny del Toro (GB/ES) + Budda Power Blues & Maria João (PT). A dupla anglo-espanhola, nomeada 10 vezes para os British Blues Awards e vencedora do Blues & Soul Show Award for Innovation 2016 e do New Brunswick Battle of the Blues 2011, é detentora de um registo musical diversificado, repleto de influências e estilos, desde o Bottleneck Blues ao Funk, incluindo algumas composições originais. Já a parceria portuguesa resulta numa fusão entre o Blues e o Jazz, contando com aquela que é considerada a melhor banda nacional de Blues e com a diva do Jazz, na apresentação do insólito disco “The Blues Experience”.
A noite seguinte (16 de novembro, às 22h00) assenta, por sua vez, numa experiência intercontinental com Gwyn Ashton (AUS) e Shanna Waterstown (EUA). O primeiro, considerado como “um verdadeiro Blues Player” por Johnny Winter e descrito como “o rei do Feel” por Robert Plant, foi convidado a partilhar o palco por artistas como Hubert Sumlin e Mick Fleetwood, abriu, nomeadamente, para B. B. King, Buddy Guy e Mick Taylor e contou com a participação de Don Airey, dos Deep Purple, em dois dos seus álbuns, que classificou Ashton como “um dos grandes heróis não-cantados”. Atualmente, encontra-se numa tour mundial com o seu disco a solo, “Elektro”. A norte-americana, por seu lado, uma das mais jovens e inspiradas mulheres do Blues desta década, é tida musicalmente como uma verdadeira “Blueswoman”. Sulista, cresceu a cantar Gospel numa pequena Igreja Batista, registo que juntamente com Motown e Country influenciaram profundamente a sua voz. Abriu igualmente para Buddy Guy e outros nomes sonantes como James Brown e Louisiana Red.