Inocentes lança EP de projeto acústico “Não Acordem a Cidade”

Uma prévia do projeto acústico do Inocentes foi lançada nessa terça-feira (25). O EP “Não Acordem a Cidade”, de 5 faixas, adianta o que virá no álbum “Antes do Fim”, previsto pelo selo Red Star Records para ser lançado em LP no início de agosto.

Produzido por Henrique Khoury, “Não Acordem a Cidade” conta com as faixas “O Homem Que Bebia Demais”, “A Noite Lá Fora”, “Não Acordem a Cidade”, “Expresso do Oriente” e “São Paulo”. “A banda está tentando seguir um padrão na escolha das faixas, que é o de lançar músicas que não tenham sido regravadas antes, e que os arranjos tenham nos deixado muito satisfeitos. São músicas que acabam tendo um ar de frescor e ineditismo, algumas são velhas conhecidas, outras nem tanto, são verdadeiros lados B, mas que a gente gosta muito”, revela o vocalista Clemente Nascimento.

As músicas escolhidas para a divulgação do EP – “Expresso do Oriente” e a faixa título “Não Acordem a Cidade”, foram originalmente lançadas no álbum “Pânico em SP” de 1986. “Pode parecer estranho, mas ‘Não Acordem a Cidade’ foi escrita em 1979, quando eu ainda era baixista do Restos de Nada. Ela ficou guardada até 1986, quando o Inocentes decidiu gravá-la. O clima de viajante noturno, pelos becos e vielas da cidade, permeia toda a música”, conta o vocalista.

A banda destaca ainda, a faixa “Expresso Oriente”, que traz reflexões bastante contemporâneas. “Ela tem uma atualidade impressionante. Um amigo palestino me falou anos atrás, que era a única música que ele conhecia, fora do Oriente Médio, que citava os palestinos e me agradeceu muito, fiquei emocionado, não sabia dessa relevância”, diz Clemente.

 

A ideia de um projeto acústico surgiu durante a pandemia, e cada uma das versões foram sendo criadas durante as lives solitárias que Clemente fazia em sua casa. A banda gostou do que ouviu e quando se juntaram para tocar juntos, as músicas tomaram forma. “A gente não queria deixar esse momento tão importante em nossas vidas sem um registro, por isso é um projeto, que nos dedicamos com muito carinho, pois foi um verdadeiro fio de esperança num momento difícil”, lembra o vocalista, que credita o sucesso do projeto ao cuidado com os arranjos e a interpretação, além da participação de Wagner Bernardes nos teclados.