“Viagem a Saramago” não é um livro que trate a «viagem» em sentido específico. Considerando a noção de viagem em sentido literal, mas também em sentido figurado.

 

«A península parou. Os viajantes descansarão aqui este dia, a noite e a manhã seguinte. […] Os homens
e as mulheres, estes, seguirão o seu caminho, que futuro, que tempo, que destino. A vara de negrilho está verde, talvez floresça no ano que vem.»

A Jangada de Pedra, José Saramago

 

Todas estas vertentes são habitadas por uma das muitas riquezas da variada obra e fortuna saramaguianas: a vitalidade de uma escrita constantemente atual e atualizável, que não esgota o que tem a dizer. Ao contrário do que escreveu Flaubert, para quem a viagem «deve ser feita rapidamente», a viagem à obra de José Saramago requer tempo e demora, contemplação e pensamento.

Organização e prefácio: Carlos Nogueira e José Vieira
Textos: Antonio Augusto Nery, Carina Infante do Carmo, Carlos Nogueira, Charles Vitor Berndt, Daniel Vecchio, Eduardo Nunes, José Vieira, Gabriela Iurcev, Miguel Alberto Koleff, Monica Figueiredo, Naiara B…