Azores Burning Summer regressa

O Festival Azores Burning Summer regressa ao Porto Formoso nos dias 29 e 30 de Agosto com o cartaz mais internacional de sempre e a chancela da marca Terra Nostra no palco principal.

 

 

Com 10 edições realizadas, o Eco Festival Azores Burning Summer regressa à praia dos Moinhos no Porto Formoso com o objetivo de afirmar a sua ligação à Música do Mundo e sensibilizar para um modo de vida mais sustentável.

A aposta nas sonoridades africanas é uma das características mais marcantes que pretende unir as diferentes culturas através da música. A edição de 2025 regista o maior investimento de sempre num cartaz musical que promete fazer vibrar o público através do semba, afrobeat, highlife, morna, coladeira, funaná, reggae, dancehall, dub, soul, jazz entre outros. No PALCO TERRA NOSTRA irão passar artistas consagrados e em ascensão, importantes ativistas sociais e verdadeiros embaixadores culturais, oriundos de Cabo Verde, Angola, Moçambique, Gana, Guiné Bissau, Jamaica, Itália, Reino Unido e Portugal.

Brevemente será divulgada a programação de acesso livre “Moinhos Revival” e “Cinema na Praia”, que decorre no PALCO NOS instalado na praia dos Moinhos. Os projetos de intervenção comunitária VIVE, HABITAT e a Programação Ecológica trazem novidades que serão conhecidas daqui a umas semanas.

ATUAÇÕES NO PALCO TERRA NOSTRA

 

Anthony B & House of Riddim – Jamaica

No universo do reggae, poucos artistas possuem a presença magnética e a proeza lírica de Anthony B. As suas apresentações cruzam a revolução e entretenimento, cativando públicos por todo o mundo. Desde 1992, Anthony B comanda os palcos com militância criativa. O público repete os seus versos palavra por palavra, como prova do profundo impacto de sucessos como “Fire Pon Rome” e “Raid Di Barn”, que abordam destemidamente as disparidades económicas e sociais na Jamaica. Ele é uma voz para os marginalizados e uma força inflexível contra as injustiças políticas.

Bonga – Angola

Considerado o embaixador da música angolana, Bonga regressa ao Azores Burning Summer em virtude dos seus 50 anos de carreira. Várias das canções interpretadas são bem conhecidas do público, como “Mariquinha”, “Olhos Molhados” ou “Homem do Saco”, sem esquecer “Corrumba”. Com mais de 400 composições de sua autoria, 32 álbuns, sete bandas sonoras de filmes, Bonga é recordista de vendas e recebeu inúmeros prémios de popularidade e homenagem. Os seus temas têm sido interpretados pelos mais diversos e ilustres artistas, mas, acima de tudo, Bonga é a voz do semba, uma referência obrigatória na cultura africana, e um cartão de visita além fronteiras.

Dino d’Santiago & Os Tubarões – Portugal e Cabo Verde

Dino D’Santiago junta-se à emblemática banda cabo-verdiana “Os Tubarões” para uma atuação especial a ter lugar no Azores Burning Summer Festival. Dino é um nome incontornável da atual música feita em Portugal, trabalha a tradição cabo-verdiana com o peso contemporâneo da electrónica global. O seu disco Kriola (Sony) foi considerado um dos melhores álbuns de 2020: Público, Time Out, Blitz, Correio da Manhã, com elogiosas críticas na Rolling Stone, Complex e Folha de S. Paulo. O seu disco Mundu Nôbu, alcançou as distinções de “Melhor Álbum”, “Melhor Artista Solo” e “Prémio da Crítica” dos Play – Prémios da Música Portuguesa. Esteve nomeado para os Latin Grammys na categoria “Melhor Canção em Língua Portuguesa” com o tema “Esperança”.

Criados na década de 60, “Os Tubarões” tornaram-se célebres pela sua morna, coladeira e funaná, são um dos grupos mais representativos da música de Cabo Verde com forte actividade no período de transição rumo à independência e democracia.

 

Mario Lucio & The Pan Africa Band – Cabo Verde

Mario Lucio é um músico visionário, compositor e escritor cabo-verdiano, cuja obra reflete a identidade crioula e a fusão cultural. Influenciado por géneros tradicionais como morna, coladeira, batuko, funaná e tabanka, combina estes estilos com afrobeat, soukous, rumba e jazz, onde Mario cria um som singular e global. O seu inovador livro Manifesto à Crioulização explora a fusão cultural, um tema que permeia a sua música. Das mornas e coladeiras que ressoam nas suas composições às melodias intemporais interpretadas por lendas como Cesária Évora, a sua obra ultrapassa fronteiras, conquistando públicos no Brasil, França e Itália. Após o sucesso do álbum Migrants (2022), que abordou a jornada universal da migração, Mario Lucio apresenta agora o seu mais recente trabalho, Independance, dedicado ao 50.º aniversário da independência de Cabo Verde.

 

Santrofi – Gana

O Santrofi foi formado em 2019 por um grupo de jovens músicos dedicados, apaixonados pela música com a qual cresceram: o Highlife. Liderado pelo carismático produtor e baixista Emmanuel Kwadwo Ofori, este supergrupo reúne oito dos músicos mais talentosos de Acra, apaixonados por grooves vintage do highlife, afrobeat e com sensibilidade para o hip hop. Desde a sua formação, Santrofi trouxeram sua nova energia Highlife para palcos por toda a Europa, tendo provado que é possível tocar um groove funk (ou mesmo drill) sobre uma clave pulsante de Highlife. Santrofi transporta o groove Highlife do Gana para o futuro sem perder sua doce alma.

 

Fattú Djakité  Guiné Bissau e Cabo Verde

Nascida em março de 1990 na Guiné-Bissau e criada em Cabo Verde, Fattú Djakité é uma talentosa cantora, compositora, artista visual e ativista social. A sua jornada artística começou quando levou uma de suas músicas para a rádio e conheceu o cantor Princezito. Lançou seu primeiro single em 2015 e seu álbum de estreia em 2017, produzido por Maurício Pacheco no Rio de Janeiro. Em 2019, Fattú Djakité fundou a banda cabo-verdiana AZÁGUA e representou Cabo Verde na Expo Dubai 2020. Reconhecida por sua influência, recebeu diversos prémios, incluindo o de “Melhor Intérprete Feminina” no CVMA, e foi eleita uma das 100 personalidades mais influentes da Lusofonia pela Bantumen. Fattú participou no Festival da Gamboa 2023 com grande sucesso, é uma artista poderosa e impactante com uma voz ativa em causas sociais.