Império Mandinga remonta ao século XIII e a música e os griots, que a praticavam ao mesmo tempo que transmitiam as memórias ancestrais, foram muito importantes para a coesão desse vasto reino da África Ocidental. Kassé Mady Diabaté é descendente de uma das mais importantes famílias griots do Mali e, com apenas sete anos, foi considerado pelos mais velhos como o herdeiro, a reencarnação do seu avô “Jeli Fama” (“O Grande Griot”), por causa da qualidade da sua voz. Atualmente tem 50 anos de carreira e colaborações com nomes fundamentais da música do Mali e não só, como Toumani Diabaté – que encheu, com Sidiki Diabaté, o Grande Auditório da Culturgest em fevereiro de 2015 -, Eliades Ochoa, Bassekou Kouyate, Lassana Diabaté, entre outros.
Aos 65 anos, Kassé Mady ainda tem uma voz magnífica”. Robin Denselow ,The Guardian, sobre o disco “Kiriké”. “Íntimo, poderoso e maravilhosamente gravado”. Simon Broughton, revista Songlines, sobre “Kiriké”
Aos 65 anos, Kassé Mady ainda tem uma voz magnífica”. Robin Denselow ,The Guardian, sobre o disco “Kiriké”. “Íntimo, poderoso e maravilhosamente gravado”. Simon Broughton, revista Songlines, sobre “Kiriké”
O concerto do dia 13 começou com a amizade entre o violoncelista francês Vincent Segal e o tocador de corá Ballaké Sissoko, dois admiradores de Kassé Mady que sonhavam com um projecto em que o cantor fosse o personagem principal. Juntaram mais dois solistas, tocadores de instrumentos tradicionais (n’goni e bafalon), amigos de infância e herdeiros de grandes linhagens de músicos, também eles griots, e gravaram “Kiriké”, um disco onde estes músicos excecionais dão largas à sua arte, com “o homem da voz de veludo” ao centro de tudo. Kassé Mady Diabaté tem uma discografia extensa e variada. “Kiriké” é um disco de reinvenção, e que foi considerado pela revista Songlines, especialista em música do mundo, como álbum do ano de 2014, para além de numerosas outras distinções.