O Eco Festival Azores Burning Summer voltou a iluminar a Praia dos Moinhos, no Porto Formoso (Açores), nos dias 29 e 30 de agosto, reunindo cerca de 5 mil pessoas numa celebração que uniu música, culturas atlânticas e práticas ambientais pioneiras.
FOTO: ANDRÉ FRIAS
Vencedor dos Iberian Festival Awards nas categorias de “Melhor Contributo para a Sustentabilidade” (2024) e “Melhor Recepção e Hospitalidade” (2025), o evento consolidou-se como um dos festivais de maior relevância no panorama cultural ibérico, destacando-se pela inovação, inclusão e impacto positivo na comunidade.
Inclusividade, ambiente e satisfação
Segundo Filipe Tavares, diretor do festival, esta foi “a edição mais bem-sucedida de sempre”, alcançando níveis inéditos de satisfação do público, moradores e entidades parceiras. “Conseguimos cumprir todos os objetivos ambientais, reforçando o compromisso com a preservação da Praia dos Moinhos e com a missão de promover a união entre culturas”, sublinhou.
Entre as medidas de sustentabilidade implementadas, destacam-se a política Zero Desperdício, Zero Ruído Visual, Zero Beatas e Car Sharing, a gestão rigorosa de resíduos, a distribuição de cinzeiros portáteis em parceria com o projeto Ecoality e a aposta em mobilidade sustentável, com serviço de shuttle, exposição de veículos elétricos e campanha “KIA Car Sharing”.
Palco de música atlântica
Com uma programação marcada pela diversidade cultural, o palco Terra Nostra recebeu nomes de Cabo Verde, Jamaica, Gana, Guiné, Angola, Moçambique, Reino Unido, Itália e Portugal. Artistas como Anthony B, Bonga, Dino d’Santiago & Os Tubarões, Santrofi, Fattú Djakité e Mário Lúcio & The Pan African Band protagonizaram atuações vibrantes, que transformaram o festival num espaço de celebração intercultural.
Mais do que música
O Azores Burning Summer reforçou também o seu papel social e educativo. Sessões de cinema ao ar livre, de acesso gratuito, criaram momentos de reflexão coletiva sob as estrelas. O programa comunitário VIVE promoveu hábitos de vida saudável, enquanto o projeto HABITAT, em colaboração com o OMA, Instituto OKEANOS e Lotaçor, levou crianças e jovens a explorar a biodiversidade marinha dos Açores, inspirando novas gerações para um futuro sustentável.
Apoios e impacto internacional
Com forte envolvimento institucional da Câmara Municipal da Ribeira Grande, do Governo dos Açores, do Governo de Cabo Verde e da Junta de Freguesia do Porto Formoso, o festival reforça os laços entre o arquipélago e a diáspora atlântica. Entre os patrocinadores principais estiveram a Terra Nostra, KIA Portugal, NOS Açores e EDA, aliados determinantes para a qualidade artística e a implementação de soluções ecológicas inovadoras.
O futuro já tem data
Após mais uma edição de sucesso, o Azores Burning Summer prepara-se para regressar nos dias 28 e 29 de agosto de 2026, prometendo novas experiências onde música, cultura e sustentabilidade se cruzam, projetando os Açores como epicentro de um festival único no contexto ibérico.
