Jethro Tull regressam a Portugal em 2026 com concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa

Os lendários Jethro Tull confirmaram o seu regresso a Portugal para um concerto exclusivo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no dia 13 de março de 2026.

 

Após a atuação arrebatadora em Guimarães no início deste mês, que, segundo fãs e críticos, prova e vitalidade e o, carater da banda, o grupo liderado por sabio incorruptível Ian Anderson prepara-se para mais.

Fundados em 1967, os Jethro Tull são considerados um, da história do rock progressivo e rock sinfónico. Sob a liderança de Ian Anderson, vocalista, compositor e mestre da flauta transversal, a banda revolucionou a música rock ao introduzir elementos de jazz, folk, blues, música clássica e heavy metal. Um som único que marcou gerações e influenciou músicos como Eddie Vedder (Pearl Jam), Bruce Dickinson (Iron Maiden) e Nick Cave.

Uma carreira de quase seis décadas

A história de Jethro Tull começa na Grã-Bretanha, quando Ian Anderson decidiu abandonar a guitarra elétrica para se dedicar à flauta transversal – um gesto que definiria para sempre a identidade sonora da banda. O álbum “This Was” (1968) apresentava fortes raízes de blues-rock, mas seria com “Stand Up” (1969) e “Aqualung” (1971) que a banda conquistaria projeção internacional. O tema “Aqualung” tornou-se um dos mais icónicos do rock, com letras introspectivas e arranjos complexos que abriram portas ao género progressivo.

Em 1972, os Jethro Tull lançam “Thick as a Brick”, um álbum conceptual com apenas uma faixa dividida em dois lados de vinil, considerado uma obra-prima do rock sinfónico. A banda continuou a inovar com discos como “Songs from the Wood” (1977) e “Heavy Horses” (1978), onde o folk britânico ganha protagonismo.

O regresso aos palcos portugueses

O concerto no Coliseu dos Recreios promete ser uma viagem pela discografia da banda, desde os clássicos atemporais até aos temas mais recentes. O público poderá ouvir canções como “Locomotive Breath”, “Living in the Past”, “Thick as a Brick (Pt. I)” e, claro, “Aqualung”, interpretados com a mestria que caracteriza o grupo.

Este espetáculo também marcará a apresentação em Lisboa do álbum “Curious Ruminant” (2025), o mais recente trabalho de estúdio que encerra a trilogia criativa iniciada com “The Zealot Gene” (2022) e “RökFlöte” (2023). Esta trilogia reafirma que Jethro Tull continuam artisticamente relevantes, mesmo após quase 60 anos de carreira.

A formação atual da banda inclui, além de Ian Anderson, David Goodier (baixo), John O’Hara (teclados), Scott Hammond (bateria) e Jack Clark (guitarra). Uma equipa coesa, tecnicamente exímia, que tem mantido a identidade sonora do grupo, sem deixar de explorar novas paisagens musicais.

Ian Anderson: o génio da flauta que redefiniu o rock

Nascido em 1947, Ian Anderson é o grande mentor de Jethro Tull. A sua figura icónica – muitas vezes em pose de flamingo, tocando flauta apoiado numa perna só – tornou-se símbolo do rock progressivo. Para além de vocalista, é compositor, guitarrista, flautista e líder criativo da banda.

Ao longo da sua carreira, Anderson sempre demonstrou uma curiosidade musical incessante. Experimentou música celta, barroca, eletrónica e até influências orientais. A originalidade do seu estilo valeu-lhe reconhecimento mundial e a reputação de ser um dos músicos mais inventivos do século XX.

Um concerto para todas as gerações

A atuação no Coliseu dos Recreios será mais do que um simples concerto – será uma celebração de legado, inovação e resistência artística. A banda promete um espetáculo visualmente envolvente, com projeções, som de alta qualidade e um alinhamento que percorre quase seis décadas de história da música.

Este regresso a Portugal surge num momento em que o interesse pelas sonoridades clássicas do rock progressivo está a renascer entre os mais jovens. Assim, no dia 13 de março de 2026, Lisboa será ponto de encontro de fãs antigos e novos admiradores de Jethro Tull.