O músico angolano Lindu Mona prepara-se para lançar o seu 7.º single, Santana Muxima, no dia 28 de Novembro de 2025, com visualizer no YouTube e áudio disponível nas plataformas de streaming. Este tema integra o novo álbum “Muxima”, que culmina uma sequência de singles já difundidos: “Ngasolo”, “Ngoma”, “Uazeka”, “Ginga Amor”, “Fado e Nostalgia” e “Uelele”.

Uma proposta sonora com raízes profundas
Em “Santana Muxima”, Lindu Mona abre o peito à memória ancestral que pulsa entre o Atlântico e o Continente Africano, entre o corpo e o espírito. A palavra muxima, em quimbundo, significa “coração” — e o tema rende-se a essa lógica: ao coração colectivo, à fé mestiça, à força materna.
Misturando timbres orgânicos, vozes em transe e melodias que evocam tanto o tambor da ngoma quanto a reza católica, Lindu Mona costura um som de travessia. “Santana Muxima” é ao mesmo tempo reza, sonho e maré — um tributo às Santas que protegem os caminhos, às mães que curam com ervas e canções, e à espiritualidade viva que resiste na pele do tempo.
Inserção no álbum “Muxima”
O single será lançado antes do álbum “Muxima”, como parte de uma estratégia de divulgação em que cada faixa antecede o álbum completo. Já o segundo single “Ngoma” tinha sido anunciado como parte dessa estratégia. Bantumen+1
Assim, Santana Muxima surge como o desfecho desse ciclo de singles e a ponte para o álbum. O lançamento digital do single segue a lógica dos anteriores, com visualizer no YouTube e áudio nas plataformas digitais.
A sonoridade e o simbolismo
Lindu Mona resume o universo sonoro deste tema ao “laranja do fogo, o azul das águas e o castanho da terra” — símbolos do encontro entre o céu e o chão. Nas palavras do músico:
“Uma oferenda em forma de som.”
A proposta convida à escuta profunda: não apenas um tema para ouvir, mas para sentir. O uso de timbres ancestrais, das vozes em transe e da fusão entre tradição e contemporaneidade reflete bem o percurso do artista — sempre empenhado em cruzar raízes angolanas com uma estética global.
O artista e a trajectória
Lindu Mona é o nome artístico de Firmino Pascoal, nascido em São Paulo da Assunção de Loanda (Luanda), Angola.
A sua carreira passou por grupos de rock sinfónico (como Tantra e Perspectiva) e por acompanhar projectos como Duo Ouro Negro e Jorge Fernando no âmbito da chamada “música do mundo”.
Desde os anos 1990 que assumiu um caminho autoral, explorando e criando músicas originais inspiradas nas sonoridades e ritmos de Angola — um dos maiores centros culturais de África.
Fundou a editora Zoomusica, com a qual editou álbuns como “Rosa Afra” (2002), “Bantu” (2010) e “Kalunga” (2023). Como Firmino Pascoal, lançou ainda “Milongo de Amor” (2017) e “Africano em Alfama” (2019).
No palco ao vivo, Lindu Mona já passou por diversos festivais e cidades: entre os mais destacados, o festival Sete Sóis Sete Luas (Itália) e o Maré de Agosto (Açores) — o que reforça o alcance internacional da sua música.
Cultura, fusão e resistência
A trajectória de Lindu Mona também passa pelo âmbito cultural e intercultural: ele fundou, em 2001, o festival Musidanças, entendendo que a fusão entre culturas é o segredo da qualidade artística.
O festival conectava músicos, artistas plásticos, poetas dos Países de Língua Portuguesa e funcionava como elo entre culturas. A tese etnomusicológica de Bart Paul Vanspauwen analisa precisamente esse encontro entre a música, os músicos e a mudança social, através da intervenção intercultural.
Nesta nova proposta musical — “Santana Muxima” — encontramos essa lógica da fusão: raízes angolanas + simbologia africana + diálogo espiritual + ambientações contemporâneas.
O que esperar de “Santana Muxima”
Para o público, o lançamento de 28 de Novembro de 2025 representa uma data de atenção. O single poderá ser visto como:
Um momento de transição para o álbum “Muxima” — fechar o ciclo de lançamentos de singles e preparar o terreno para o álbum completo.
Uma expressão artística onde se fundem ancestralidade, espiritualidade e modernidade sonora.
Uma oportunidade para novos fãs descobrirem a obra de Lindu Mona e para os já fãs se aprofundarem no universo sonoro do artista.
Um mote para debater a música enquanto veículo de cultura, memória e fusão entre África e a diáspora lusófona.
Importância para o público angolano, português e internacional
O artista dirige-se tanto ao público de Angola como à comunidade portuguesa e à audiência global. O objetivo é chamar a atenção para uma cultura que viajou pelo mundo desde o tempo da escravatura até aos dias de hoje — deixado marcas no gosto e na cultura dos povos de outras latitudes.
Neste sentido, a faixa “Santana Muxima” e o álbum “Muxima” devem ser vistos como ponte entre territórios, povos e histórias.
Com “Santana Muxima”, Lindu Mona escreve mais uma página da sua história artística. Será uma oferta sonora rica em significado — um cântico ao coração (muxima) do povo, uma travessia entre o ancestral e o contemporâneo, e um tributo à força do feminino, da fé e da cultura.
Fica a data — 28 de Novembro de 2025 — para o lançamento digital do single com visualizer no YouTube e áudio nas plataformas de streaming. Prepare-te para escutar, sentir e viver este novo momento de Lindu Mona.


















