Penelope é um disco cosmopolita, no qual as barreiras tecnológicas se quebram para dar lugar ao movimento humano, à multiculturalidade, ao passo apressado do dia-a-dia e, sobretudo, ao abanar cinético para espantar demónios. Aliás, “Naive”, o tema de avanço, retrata isso mesmo.
A voz de Ana Miró — habitual cúmplice de JIBÓIA —, na sua primeira aventura a solo, é o grande destaque para um trabalho fresco, que agarra nas duas mãos as entranhas da pop e da electro. Ao todo, falamos de dez malhas que nos levam por caminhos de mistério, de sensualidade e, porque não?, de exotismo. Francamente influenciado pela electropop de uns Ladytron ou The Knife, Penelope é o resultado sólido que as experiências ao vivo trouxeram a Miró e ao seu talento natural enquanto compositora.
Gravado nos Discotexas Studios e produzido por Moullinex, Penelope é editado a 21 de Abril, com o selo da Lovers & Lollypops. De recordar que Sequin esteve encarregue de fazer a abertura para o concerto das norte-americanas Warpaint, na Aula Magna, em Março.
Ana Beatriz Rodrigues