A terceira edição do Festival Jazz Manouche de Almada, está de volta depois do sucesso das últimas edições. Este ano acontece de 17 a 19 de Maio e conta com a presença de alguns dos nomes mais emblemáticos do jazz manouche. São 3 concertos imperdíveis e um workshop de dança blues e swing, que excecionalmente este ano acontece no Salão de Festas da SFIA.
O Jazz Manouche surge como expressão musical com o guitarrista cigano de etnia Manouche Django Reinhardt e do Quinteto do Hot Clube de França. Este quinteto manteve a sua actividade entre os anos 30 e 50 na Europa tendo como estética formal o Swing mas com a apropriação cigana sobre a influência de Django. Em Portugal esta história é ainda pouco contada e escrita, mas tem vindo a ser maturada ganhando mais músicos e entusiastas.
No dia 17 de Maio o público poderá assistir ao concerto de Adrien Marco Trio: Adrien Marco é atualmente um dos principais nomes do estilo Jazz Manouche. É um guitarrista autodidata que começou a tocar aos 17 anos pela influência da música de Django Reinhardt. O seu estilo é enérgico, elegante, espontâneo e muito virtuoso. Em onze anos de actividade gravou quatro discos. Adrien Marco é acompanhado por uma excelente e sólida secção rítmica, Mathieu Chatelain na guitarra ritmo e Claudius Dupont no contrabaixo. Cada vez mais aclamado por um público de conhecedores, o guitarrista actuou em locais como o Festival Django Reinhardt (Fontainbleu) Django In June (Boston), Django at Dewslake (Reino Unido), Festival Jay (Itália), Festival de Worms (Alemanha), actua no lendário Clube de Jazz Etoile em Paris, onde Thomas Dutronc é um convidado regular e também no Cabaret de L’Escale onde já passaram artistas lendários como Jacques Brel ou Edith Piaf. Assim, passados cerca de onze anos, Adrien Marco Trio vem pela primeira vez a Almada para deleite do público e dos fãs do jazz cigano em Portugal.
No dia 18 de Maio é a vez de Aurore Voilqué Trio feat. Angelo Debarre. Aurore Voilqué começou a tocar violino aos 4 anos de idade e nunca mais parou. Criou o seu primeiro quarteto em 2003. Actuou em alguns dos maiores festivais de jazz de França (Jazz à Vienne, Marciac, Vauvert, La baule, Jazz en Baie, Jazz Nimes métropole, 24h du swing), bem como em alguns dos principais clubes de jazz do país (Duc des Lombards, Sunset,Petit Journal Montparnasse, Meridien Jazz Café Montparnasse). Aurore é acompanhada pela guitarra ritmo de Mathieu Chatelain e pelo contrabaixo de Claudius Dupont, delegando solos para o incontornável Angelo Debarre, um dos maiores solistas de jazz manouche que o mundo já conheceu. Angelo Debarre dispensa apresentações. É esta a verdadeira sonoridade tradicional cigana que a violinista foi procurar ao reunir estes 3 músicos, entre os mais requisitados do género. Uma magnífica viagem ao mundo da música cigana, com standards de Django Reinhardt, canções francesas e magníficas composições do maestro Angelo Debarre. No dia 19 de Maio haverá uma aula de dança a cargo da Escola Blues & Swing Lisboa, especializada em danças vintage. Ainda no mesmo dia atuam os Rouge Manouche, um quarteto de Gypsy Jazz residente no Algarve que apresenta um swing altamente enérgico e ritmado e inspirado em ritmos e melodias Manouche com influências do Jazz Americano imergindo na aura da Paris dos anos 30. Interpretam compositores como os míticos Django Reinhardt, Charles Trenet ou Cole Porter, assim como em repertório de tradição Gypsy Jazz mais moderno. É formado por Betty Martins na voz e violeta, João Campos Palma no acordeão, Luis Fialho na guitarra e Rick Steffens no contrabaixo. |
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